7.13.2010

EVENTO ESPECIAL - ESTA QUARTA

A impossibilidade de apresentar EMVÃO,
nos trouxe uma noite especial

Nosso quarteto de cordas
(formado por Patricia Maês e Ivan Dantas no violino,
Bruno Menegatti na viola e Rafael Ramalhoso no cello)
apresentou músicas de Harry Crowl,
compostas especialmente para o espetáculo.

Um palco nu e notas soltas sobre botões negros.

Em seguida, a leitura do texto REINGRESSO, de Ruy Filho,
com estreia em 2011, com Guilherme Gorski,
Tiago Torraca, Raiani Teichman e Patricia Maês.


Enquanto isso, Diego se recupera...

7.12.2010

DIAS 13 E 14 :: APRESENTAÇÕES CANCELADAS


As apresentações dos dias 13 e 14 de julho estão canceladas por motivos de força maior. Ou melhor: 9 problemas de força maior, em forma de pedras, instaladas nos rins de Diego Torraca. O nosso ator/compositor fará hoje um segundo procedimento cirúrgico para a retirada das "crianças". Nada grave. Ele está bem, mas não o suficiente para subir aos palcos...
Aguardem cenas dos próximos capítulos!
(fotos de Tania Torraca)

BATE-PAPO COM MARICI SALOMÃO E CELSO CURY

MARICI SALOMÃO
Após apresentação de
COMPLEXO SISTEMA
DE ENFRAQUECIMENTO
DA SENSIBILIDADE
esta terça
dia 13 de julho, 21h
no Viga Espaço Cênico

CELSO CURY
Após apresentação de
EMVÃO
esta quarta
dia 14 de julho, 21h
no Viga Espaço Cênico

fotos de Rodrigo Gorosito e Isa Brant
em exposição durante toda a temporada

7.08.2010

ANTRO EXPOSTO por Marina de la Riva

Conheci por uma sequência interessante de acontecimentos, o diretor Ruy Filho e a Cia de teatro Antro Exposto, há mais ou menos dois anos. Me procuraram para colaborar em uma peça e gravar uma música composta por um dos atores, Diego Torraca. Aceitei, fiz, fui e gostei de ter estado entre eles. Ao longo deste caminho, nos víamos em alguns shows que fiz, tínhamos desde sempre afinidade, mas não tinha ainda percebido a dimensão do trabalho destas pessoas na sua totalidade.

Recebia constantemente o convite para assistir suas mais recentes peças, ora uma e depois outra. E tanto acumulei ausência, que aconteceu o improvável. Consegui assisitir as duas, em dias consecutivos. E foi simplesmente uma experiência maravilhosa.

Convidei duas amigas e fomos assistir a peça. Sim “a” pois não previ o que aconteceria.

“Dentre tantos desvios possíveis, um caminhar pode ser resumido em duas estradas: seguir ou desviar-se. Nada é mais fácil e resultante positivo que o seguir, permanecer em linha reta conforme a rotina sugere, com a certeza de estar próximo ao reconhecimento e satisfação. Olhar ao lado é compreender estar no desvio a possibilidade de conhecer o desconhecido, trair a sorte entregando-se a escuridão transformando o percurso em preciosidade. Desviar-se do seguro acarreta perda dos referenciais óbvios, enquanto exige a criação de outros individualizados na vivenciação. A Cia de Teatro Antro Exposto surgiu por um desvio um desvio obrigatório, manipulado na ausência de vontade em continuarmos a rotina segura. Unindo trajetórias diversas e historias particulares, optamos, sem receio, pela estrada da incerteza, não percorrida, abandonada e assistida ao longe como um convite à exploração. Assim surgimos. No experimento de prosseguir desejosos de tornar a partida a própria chegada, e assim descobrir cúmplices outros pertencentes aos mesmos trajetos. Não queremos levar o expectador a nenhum lugar a não ser, dentro de si mesmo. Tornar o teatro o desvio estranho convidativo para que nele possamos juntos nos perder e descobrir de fato onde estamos e quem na escuridão nos tornamos. A expectativa de ser Complexo Sistema de Enfraquecimento da Sensibilidade o primeiro referencial para uma outra consciência. Orgulhamo-nos por errarmos o caminho natural”. ( Ruy Filho)

Ao ler isto, entro na sala escura com a luz preciosamente causando uma plástica nunca antes vista por mim, um som que me causou estranheza imediata, faixos de material, sombra, luz e gente… o resto é preciso viver. A minha “viagem” foi intensa. Ruy estava certo, eles nos levam a nós mesmos. Houve um debate no final do espetáculo e tudo que queria era voltar e ver mais e sorver mais e vislumbrar mais do inusitado. “Y así fué”. Voltamos no dia seguinte para assistir o “ EMVAO”, livre transcrição sobre Galáxias, de Haroldo de Campos.

Ao adentrar na sala outra vez, tive uma sensação que só senti com o ser amado, muito amado, por sinal. A ausência do tempo. O hiato de 24 horas entre sentar naquela cadeira outra vez não existia. Tudo era conectado, outra vez.

Aqui transcrevo um trecho do programa

“Ao olharmos para além de nós, o que encontraremos são os infinitos círculos de pertencimentos sociais, culturais, políticos estéticos, econômicos, maiores, minúsculos, explícitos ou tímidos. De alguma maneira, o homem tem se desenhado por suas escolhas. Mas se todo pertencimento pressupõe localizações, há, ainda o margeamento como conseqüência. Margens são espaços indefinidos que definem os lados que as constroem, vãos entre algo, existências invisíveis, presenças despercebidas. São também cicatrizes que maculam a unidade, para dela subtraírem suas próprias identidades independentes ao todo. Do lado de dentro daquilo que nada parece ser, está a complexidade de um sentido restrito multiplicado em potência de outro existir. Fugidio `a realidade concreta da dualidade provida pela divisão do uno. Um existir em si. Feito poesia, valor próprio de tempo e lugar, cujo sentido mais amplo encontra-se na ausência dialética do servir, na impotência em responder. Ou simplesmente , no não querer responder a algo. E se cabe ao observável de uma margem, ao seu contorno, uma função clara de sua existência, aquilo que a integra limita-se a ser sem qualquer contexto e fim, em vão. Dai, de novo, a poesia…..Não pertencemos se não a nós mesmos, ao risco de existirmos em vão, a ausência de localizações que nos afunda a uma contemporaneidade indecifrável em uma espécie de vão moral e histórico, enquanto descobrimos as faces que recombinadas trazem de volta a unidade. EMVAO surge convite para que outros adentrem a margem. Daqui, vocês sao outros. Chega a ser divertido olhar…”

Ainda preciso comentar que a música e a direção de arte fechavam tudo com uma complexidade elegante e simples assombrosa. Diego Torraca, Guilherme Gorski, Raiani Teichmann, Tiago Torraca entre outros simplesmente arrasam em cena. Ainda estou sem fôlego.

Queridos todos, Patrícia Cividanes, Ruy filho, muito obrigada pelo tapete mágico, vocês ainda estão em mim.

Aqui fica o meu desejo de que você que está lendo, vá e que tenha tanto proveito quanto tivemos. Boa viagem…


+ sobre Marina : http://www.marinadelariva.com.br

>>>> Texto publicado no site Yahoo - colunistas (http://colunistas.yahoo.net/posts/3312.html)

7.06.2010

HOJE, 6 DE JULHO

Reestreia de
COMPLEXO SISTEMA
DE ENFRAQUECIMENTO
DA SENSIBILIDADE

+ bate-papo com
LEONARDO BRANT

+ exposição de
FOTOS DE CENA

info::: www.viga.art.br

7.03.2010

RESENHAS - leia na íntegra durante o mês de Julho, no Viga Espaço Cênico


COMPLEXO SISTEMA DE ENFRAQUECIMENTO DA SENSIBILIDADE*

“Roteiro, texto e trilha sonora compõe de modo uníssono e indestrinçável a dramaturgia do espetáculo. o resultado é forte.” Alberto Guzik

“Mais uma vez o grupo não facilita a vida do público – e aí está seu mérito.” Dirceu Alves Jr., Veja SP

“Deixei o teatro, já madrugada, com a cabeça cheia de conexões.” Nelson de Sá

“A grande ousadia da peça está na profundidade que sem vacilo nenhum atingiram. Ai sim vejo inovação e linguagem própria.” Paulinho Faria

“O romance já foi tratado de tantas formas por tantos autores, e penso que ele acaba de ser introduzido ao teatro, pela CIA Antro Exposto.” Luiza Novaes

“Cada uma das palavras agride e fere, sem piedade alguma, o corpo relaxado e confortável do espectador.” Felipe Fernandes

“O importante é que ela deve ser vista, exatamente por se tratar de um trabalho em que há forte assinatura de seus criadores.” César Ribeiro

“Ruy sabe dirigir atores com muita eficácia e sem nunca cair no previsível. É o tipo de jogo cênico que gosto de ver em teatro.” Mário Bortolotto

“Um espetáculo brutal, que acessa áreas subreptícias do mascaramento humano em suas banalizações do mal e do bem.” Valmir Santos

“Suas imagens fortes e a música onipresente, especialmente composta por Patrick Grant, impactaram a platéia da Casa Vermelha.” jornal Gazeta do Povo, Curitiba. Festival de Curitiba

“A dupla central de atores faz um ótimo trabalho, entregam-se com intensidade a seus papéis, lutam física e mentalmente.” Rober Machado, site Curitiba Interativa. Festival de Curitiba

“Suas frases ecoam, provocando o espectador a abandonar a passividade e a permanecer mentalmente ativo durante o espetáculo. Quando acaba, deixa uma plateia impressionada, ainda a traçar as conexões.” Luciana Ramagnoli, jornal Gazeta do Povo. Festival de Curitiba

EMVÃO*

“O trabalho dos atores é incrível. Tão jovens, tão cheios de vida e de morte pra tão pouca idade.” Denise Silveira

“Os quatro [atores] se entendiam perfeitamente e me traziam coisas que dá até orgulho de pertencer a essa classe de loucos, suave destruidor e exposto, muito exposto.” Carolina Brandilli

“Não é possível piscar e quase não se consegue respirar, porque ela te prende do começo até a hora em que deitamos na cama pra começar a sonhar.” Paulinho Faria

“Uma bomba de plasticidade sensorial que explode bem na tua cara quando você menos imagina.” Manu Rodrigues

“Algumas vezes era somente eu com minhas percepções que descrevia cada uma das palavras que desejava segurar ou soltar. Mas até o poeta precisa do outro para pensar como o mundo reage.” Luiza Novaes

“Peças como essa, fazem nós artistas acreditarmos que a arte não está totalmente banalizada. E nós, humanos, acreditarmos que é impossível ser feliz sem arte. Quando saí queria mais.” Caren Luci Pinto

“Acho difícil sair do teatro e parar de pensar no que se viu.” Tâmara Vasconcelo

* EM CARTAZ, ÀS TERÇAS E QUARTAS, NO VIGA ESPAÇO CÊNICO (www.viga.art.br)